domingo, novembro 28, 2010

Naquela Estação .

Canso tantas vezes, infelizmente ando te amando bonito!  Muita dessas vezes escuto certas músicas, parece que assim é melhor, vejo que é algo incontrolável, as lágrimas caindo, um segredo, dois desejos, três verdades.
Passando lentamente nas ruas sentindo os pingos da chuva bater,  cada esquina lembra-me você , inspiro o ar que cheira a saudade, encho meu peito de coragem , longe o destino final está .
Desço com rapidez as escadas da estação, suspirando a cada passa de segundos, olho diretamente o relógio que marca exatamente: seis e trinta, e lá se vai mais um suspiro.
Sinto braços que me passam pela cintura, como quem me puxa e tenta segurar ouve o bater de seus lábios que acompanhado de um leve sorriso me pergunta o porquê das malas, o porquê do bilhete na mão, sinto minhas pernas bambas, quase não me seguro em pé, sinto sua mão na minha cintura e vejo outro sorriso qualquer , esperando sair de mim as palavras, tento explicar que vou partir , gaguejo misturado com palavras , terrível confusão , nos seus olhos vejo um alguém que tenta entender  , enquanto eu vou confundindo as frases , tento me afasta , olho o relógio e suspiro , viro para você ,  como quem apresa tudo , coloco  pra fora , te digo o que você jamais pensaria em ouvir de mim ,  vejo o metro se aproximar , não vou mudar de idéia e não prometo voltar , entro , e da janela vejo você sentar e cabisbaixo ficar , penso no que vou fazer , no que você vai fazer , será que vai ligar ?! As lágrimas começam a descer e me vejo sozinha naquele vagão, a chuva lá fora, mas forte cai, olho para fora e penso: Não há como voltar!

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